quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A ajuda que pode atrapalhar

Joelheira e afins podem piorar as lesões que justificam seu uso

Quem tem um joelho ‘bichado’, um tornozelo frágil ou um pulso ‘aberto’ provavelmente usa algo para dar mais firmeza quando vai exercer alguma atividade física. Cuidado! Pois essa estabilidade não é real e gera dependência, podendo fragilizar mais a região. Como isso funciona?

Nosso organismo tem como lema a economia energética acima de tudo. Ou seja, se comemos demais, guardamos o excesso (gordura); se não usamos um músculo, ele vai diminuindo até sumir (atrofia); se uma articulação não se mexe, vai enrijecendo até colar (aderências).

Algumas reações aparentemente não nos favorecem, mas nosso corpo não leva em consideração as circunstâncias externas do dia-a-dia, e sim as prioridades fisiológicas celulares em prol da sobrevivência do organismo como um todo.

Assim, um estabilizador, como as joelheiras e tornozeleiras de neoprene, em primeira instância estabiliza o segmento fragilizado por uma lesão e o ajuda na execução dos movimentos. Para o organismo, existe algo que está fazendo o papel dos músculos adjacentes – reais responsáveis pela estabilização – e isso já é suficiente pra que a musculatura da região vá relaxando e diminuindo.

O uso indiscriminado desses artefatos – que, em princípio, têm a função de ajudar - fragiliza a região. A articulação cada vez precisa mais daquele instrumento externo para se sentir estável, até o momento em que o segmento já está num déficit muscular tão avançado que o próprio estabilizador já não dá mais vazão.

Mas isso não significa que os estabilizadores não prestam e devam ser jogados fora. Existe um momento na recuperação de lesões que o uso de um estabilizador pode ser aplicado para dar mais segurança. Não faz mal usá-los para retomar determinada atividade. Mas é imprescindível abrir mão do aparelho assim que encerrar o exercício - e não utilizá-lo em sua rotina.

Usar o estabilizador para tarefas como andar, comer e ver televisão é muito prejudicial. Mais uma vez, o paradigma: mais importante do que o quê estamos usando é como aplicamos o uso.

A estabilização deve ser feita pela própria musculatura. Através de exercícios específicos, conseguimos recuperar a estabilidade natural para diferentes atividades. Por exemplo, devemos exercitar a musculatura dos dedos e antebraço para tratar de um “pulso aberto”; quem tem um joelho instável precisa fortalecer a coxa, ao passo que o trabalho para um tornozelo frágil é feito na perna. Para mais esclarecimentos, procure um profissional de confiança.

Axé.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Só conseguimos ver o miolo da cebola

Cientistas afirmam que o corpo é apenas 25% de nós!

É comum relacionarmos áurea, alma, espírito, chakras e energia com assuntos religiosos. Mas a ciência, através da física quântica, caminha para compreender e explicar a real presença dessas manifestações e traz novas possibilidades para o mundo moderno.

Segundo os preceitos da física quântica, o elétron, que fica circulando em órbitas em volta do núcleo do átomo, não é uma partícula, como se pensava, e sim uma freqüência de onda. O que isso significa? Que toda a matéria composta de átomos nada mais é do que energia numa determinada freqüência, o que a torna palpável e visível aos nossos olhos.

O mais impressionante é que essa afirmativa também cria a possibilidade da existência de outras matérias em outras freqüências que não podemos palpar e ver, mas existem! Decorrentes desta descoberta, estudos mostraram que nosso corpo representa apenas 25% da matéria que nos compõe. Os outros 75% de nós estão em três camadas de diferentes freqüências e são determinantes para nossa saúde e vida.

Nosso corpo total é composto por quatro diferentes camadas de energia. Nós só conseguimos ver e tocar na mais densa delas - o que não quer dizer que não podemos sentir as outras. Os cientistas atribuíram nomes às camadas: física, etérica, mental e astral - da mais densa à mais sutil.

Nessa perspectiva, a camada etérica faz a ligação entre o corpo físico, o mental e o astral. Existe uma associação direta entre o plano etérico, os meridianos da acupuntura e os chakras. Esse plano etérico já foi reconhecido em embriões - eles surgem antes dos órgãos serem formados. São os meridianos da acupuntura que organizam as células no embrião do ser humano para formar os órgãos em seus devidos lugares.

Mais interessante ainda é a idéia de que todas as doenças que acometem o ser humano, para esses pesquisadores, primeiro ocorrem nos planos mais sutis para, em última instância, atingirem o corpo físico. Máquinas de escâner começam a ser desenvolvidas, usando o mesmo princípio da Ressonância Nuclear Magnética, para detectar a desordem nos planos mais sutis e tratá-las ainda antes de chegarem ao corpo, o plano mais denso.

Para essas evoluções da medicina, só nos resta esperar. Enquanto isso, assumir que somos maiores do que pensávamos e desenvolver sensibilidade para entrar em contato com essa outra parte de nós pode fazer uma grande diferença. Até porque saber que nossas informações estão no ar, ao nosso redor, mas não conseguir acessá-las me soa um tanto quanto frustrante.

Quem resistir a essas possibilidades e continuar na postura do ver pra crer pode ficar atrasado com relação aos que buscarem sentir. Aos interessados em se aprofundar nessa nova perspectiva, recomendo a leitura do livro Um guia prático de medicina vibracional.

Axé.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Alimentos orgânicos fazem diferença

Para repensar como economizar nas compras

Alimentos cultivados naturalmente, sem químicas, hoje são minoria no mercado. Poucos são os que bancam os elevados preços - já que, aos olhos do consumidor, muitas vezes aparecem apenas como menores e menos coloridos - apesar de serem alimentos com muito mais sabor. Mas a cultura orgânica na alimentação está voltando à moda.

Por volta de 1940, uma pesquisa na França apontou duas grandes influências no solo devido aos avanços da modernidade. O adubo sintético estava começando a ser utilizado em larga escala nas plantações agrícolas, enquanto estruturas de rede de esgoto eram construídas. Essas atitudes poderiam estar comprometendo a saúde da população e não estavam sendo percebidas pela maioria.

O adubo sintético, ou NPK – composto por apenas três elementos: nitrogênio, fósforo e potássio –, era uma inovação na época, visto com bons olhos pelos agricultores em função do preço e praticidade em relação ao adubo orgânico. Porém, evidenciou-se que, apesar dos alimentos crescerem e se desenvolverem, o adubo químico não fornecia sais minerais e os tornava mais suscetíveis às pragas.

Este dado, que poderia questionar a implementação do adubo sintético na época, não foi levado em consideração, até porque quem produzia o adubo químico também produzia os pesticidas que protegeriam as plantações de pragas. Engenhoso, não?! Ganhava-se duas vezes, enfraquecendo e depois protegendo as plantações.

Ao mesmo tempo, os sistemas de esgoto estavam começando crescer e, apesar de um grande avanço nos centros urbanos, o fato de nossas fezes não mais retornarem ao solo criaria no longo prazo uma grande defasagem no retorno de sais minerais.

Pesquisas concluíram que, se esse quadro não fosse revertido, num período de quarenta anos a população mundial entraria numa fase carente de sais minerais. Esse quadro geraria o aumento de basicamente quatro grandes grupos de doenças: as cardio-pulmonares, alergias, câncer e artrose.

Sessenta anos depois parece que a projeção de tempos atrás virou realidade. Houve um tempo em que um caso de câncer na família era uma tragédia; hoje, é normal!

Na década de 1980, o conteúdo da pesquisa que fora abafada quarenta anos antes influenciou o surgimento da medicina ortomolecular, hoje amplamente reconhecida pela sociedade.

Consumir alimentos orgânicos pode ser muito mais importante para nossa saúde do que imaginamos. Investimos tanto em outras coisas que chega ser incoerente não investirmos na qualidade dos alimentos que ingerimos.

Se o orçamento não dá tanta possibilidade, tente priorizar alimentos orgânicos que serão ingeridos crus, como saladas e frutas. Evite ao menos tomate, batata, couve e morango não orgânicos, pois recebem uma carga muito grande de agrotóxicos.

É sempre bom lembrar que quanto maior o consumo de produtos orgânicos, mais incentivo para aumentar o número de produtores. E, se o mercado vai crescendo, os preços vão baixando. Quem sabe um dia não voltamos a ter comida saudável por preços acessíveis?

Axé.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Ayurveda, a medicina tradicional indiana

Conhecendo a mãe das terapias orientais

Mais de cinco mil anos se passaram e a filosofia da Medicina Tradicional Indiana ainda é contemporânea e pode ajudar a nos manter saudáveis. Seus princípios são simples e fundamentais, e reconhecem que, para se manter em harmonia, é preciso disciplina e autoconhecimento.

Os principais pilares de sustentação da saúde segundo o Ayurveda são as práticas físicas, a alimentação e a meditação. Esses são os elementos que temos responsabilidade em atuar. Existem ainda as intervenções terapêuticas através de massagens, fitoterapia e processos de desintoxicação, os Panchakarmas.

Para os médicos da Ayurveda, mais importante do que saber de quê seu paciente está sofrendo é saber profundamente quem é o seu paciente. É necessário um denso processo de avaliação antes de qualquer intervenção ou recomendação. Geralmente a primeira consulta em consultórios Ayurvédicos dura em torno de três horas!

Para a Ayurveda, a natureza material é constituída por cinco elementos, os Mahabutas: Éter, Ar, Fogo, Água e Terra. Nosso corpo, como parte da natureza, é composto por esses elementos em diferentes proporções. Juntos, eles formam os três doshas: Vata, Pitta e Kapha, princípios humorais que governam nossas atividades psicofísicas.

Todos nós temos os três doshas presentes, mas sempre com a dominância de um ou mesmo de dois doshas, que acabam representando nosso tipo constitucional. Na Medicina Tradicional Indiana, considera-se que os doshas dominantes possuem maior tendência ao desequilíbrio que causa as doenças que nos acometem.

Todo o processo terapêutico se baseia em: reconhecer o tipo constitucional do paciente; avaliar o seu estado de desequilíbrio; sugerir mudanças na alimentação e nos hábitos diários; e prescrever práticas corporais e mentais como Yoga e meditação. Quando necessário, administra-se fitoterápicos e processos de desintoxicação, para reequilibrar o corpo e restaurar a saúde.

Cada tipo constitucional predominante pede uma alimentação com restrições diferentes. A dieta do tipo sanguíneo, por exemplo, foi baseada nos princípios da Medicina Ayurvédica. Historicamente, a Medicina Tradicional Chinesa tem como base a Ayurvêda, que é mais antiga. Até os primeiros tratados de cirurgias são dessa época.

É comum nos dias de hoje que alguns SPAs sigam as direções da Ayurvêda. Imerso por no mínimo uma semana, fica mais fácil entrar em contato com uma nova forma de levar a vida, meditando e se alimentando do que você realmente precisa para se reequilibrar. Os processos de desintoxicação são dignos de um nível de entrega difícil em nossa sociedade, mas se há mais de cinco mil anos já era importante eliminar toxinas do corpo, imagine nos dias de hoje.

O tempo passa, mas as questões permanecem: manter-se saudável ainda é uma prioridade para todos nós e vale a pena aprender com a sabedoria milenar indiana como assumir a responsabilidade de nos manter saudáveis.

Axé.

Mais informações e o teste de seu dosha dominante no site http://www.jorgeitapuabeiramar.com/ – abordagens terapêuticas – Ayrvêda.